Mensagem do Presidente da Direcção na Sessão Solene do 134º Aniversário

No seu discurso na sessão solene, o Presidente da Direcção realçou a colaboração da população em geral e das entidades oficiais, para manutenção do bom funcionamento da Associação no dia a dia e para os investimentos que tem levado a cabo. Agradecimento especial aos Bombeiros, “razão da existência desta Associação”, e ao novo sócio Benemérito, Sr. Albino Simões. 

Leia aqui o discurso, na íntegra:

“Celebramos hoje o 134.º Aniversário desta Associação.

Fazemo-lo de uma forma muito discreta, sem grande ruído nos media, sem grandes movimentações de convidados, sem grande alvoroço social, apenas porque passamos uma data intermédia no nosso calendário e porque – como deve acontecer ao momento com toda a gente conhecedora e responsável – sentimos claramente o momento difícil que vivemos, o momento difícil que Portugal atravessa, o momento de grande pressão e rápidas mudanças porque todo o mundo está passando.

Actualmente, as pessoas anda muito nervosas, porque as exigências que se lhes colocam alteraram consideravelmente o seu modus vivendi e o seu modus faciendi das coisas, mas é aqui que na realidade reside o nosso problema; hoje temos de fazer mais e muito melhor as coisas do que fazíamos ontem, pois só dessa forma retomaremos a estabilidade emocional, a estabilidade financeira e a estabilidade temporal.

 Aqui nos bombeiros de Vizela, procuramos fazer tudo com os pés assentes na terra, planeando bem o que temos a fazer e perseguindo denodadamente os objectivos traçados, no sentido de conseguirmos bons resultados. Aliado a tudo isto, incentivamos empenhadamente todos aqueles que são a razão da existência desta Associação – os nossos BOMBEIROS, que tudo fazem sem vaidade, sem procura de notoriedade, mas que no socorro voluntário são sempre os primeiros.

É para eles que vão as nossas felicitações, com especial ênfase para todos os que hoje foram medalhados e condecorados.

 Mas, afinal, se somos uma Associação de Bombeiros Voluntários, sem cobranças directas aos nossos utentes, donde vêm os recursos financeiros precisos para as necessidades do dia a dia, para a manutenção continuada do bom funcionamento das coisas e para os novos investimentos que temos a fazer?

Eu respondo-vos:

1/ Em primeiro lugar, de toda a população em geral;

2/ Em segundo, das entidades oficiais – governo e autarquia,

3/ Em terceiro, do ressarcimento oficial de alguns serviços públicos sociais que prestamos.

 Naturalmente, pela nossa função e condição, nada devíamos pedir, pois para além de prestarmos um serviço público, do qual individualmente nada recebermos em troca, a não ser a satisfação interior do dever cumprido, somos uma força que permanentemente substitui quem de direito num dos primeiros princípios constitucionais, que é o direito assistencial e a protecção individual e colectiva nas calamidades individuais e públicas.

Infelizmente, a necessidade obriga a que andemos com o saco na mão, e que o façamos permanentemente, sabe Deus com que sacrifício, paciência e abnegação, sempre acabando por receber da população que servimos o contributo fundamental e basilar à nossa subsistência. O exemplo está à vista, em 2 das viaturas que hoje inauguramos. Obrigado a todos; continuem assim e que nunca se arrependam, pois acreditem que é muito mais penoso para nós pedir do que – para a maior parte das pessoas – dar.

 Contudo, no meio de uma grande multidão anónima, não podemos deixar de destacar algumas pessoas e/ou empresa que grandemente se diferenciam do cidadão comum, em que o seu contributo em generosidade até pode ser igual, mas nominalmente sempre se traduz num factor altamente diferenciador para quem recebe. Destacamos neste caso particular, o homenageado de hoje: o Sr. Albino Simões, a quem estamos imensamente gratos pela seu altruísmo, pela sua generosidade e pelo seu contributo. Bem-haja Sr. Albino Simões.

Outras pessoas iremos destacar oportunamente, também, as quais de alguma forma se diferenciam das demais nas suas contribuições.

 Relativamente aos segundos, em que incluímos: a ANPC, o INEM e a Autarquia Vizelense, embora seja uma obrigação permanente a sua contribuição, não podemos deixar de agradecer as dotações que nos têm feito; hoje, em especial, à ANPC, na pessoa do seu representante Sr. Comandante Distrital – Hercílio Campos, pela entrega do Carro Urbano de Incêndio inaugurado mas, muito particularmente, à Autarquia Vizelense, aqui representada pelo Sr. Presidente da Câmara – Dinis Costa, pelo Sr. Vereador da Protecção Civil – Alberto Machado e por mais alguns vereadores, a quem endereçamos as nossas saudações amigas e penhoradamente agradecemos a sua presença.

Temos tido e mantido uma relação institucional e pessoal franca, aberta, construtiva e solidária com todos e, embora os constrangimentos conjunturais e financeiros do momento, acreditamos que os nossos pedidos e os nossos direitos vão continuar a ser atendidos. Sabem que nada pedimos em exagero e tudo o que fazemos é sempre devidamente planificado. Como acordado, contamos com as importantes contribuições: quer para os equipamentos individuais, hoje em parte já expostos, quer para os 20% do custo das 2 ambulâncias inauguradas. Desde já o nosso obrigado.

Por último, reiteramos:

1/ as nossa felicitações a todos os condecorados e homenageados,

2/ o nosso agradecimento a todos os párocos, comissões de freguesia, população em geral, beneméritos, bombeiros e comunicação social.

Afinal, o melhor argumento e a razão mais convincente para dar razão às palavras é o exemplo de vida: sigamos, pois, o exemplo dos nossos bombeiros.

Parabéns à Associação!

Parabéns a todos!”

João Ilídio Monteiro da Costa, Presidente da Direcção

.